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27.2.06

avenidas-novas






o desejo é rouco, por causa do sal

m | 9:09 PM |

pudesses tu amar o desassombro

nada substitui a aventura:

O verdadeiro poema
não se pode ler
É um tiro no escuro
inaudito e cego
Ana Hatherly


pudesses tu amar o desassombro, fosse o desejo caminho para chegar, para chegar.
pudesses tu isto e seriam as tuas as mãos de matéria redentora. pudesses tu isto e não verias nunca que a redenção urgente que se desprende de ti vem do facto, da escolha, da aposta, de que -para além do único vestido- viajas sempre sem bagagem
entre o que te salva
e o que te mata


(é isto que em ti nos salva)

m | 6:21 PM |

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o prazer é uma canção de liberdade; mas não é a liberdade (...)
não gostaria que perdêsseis o vosso coração no canto.

Khalil Gibran
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carolina | 8:57 AM |

25.2.06

ao sincero amor que dedicamos às flores cujo nome nunca nos lembramos

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Hoje nasceu uma rainha, soberana de todos os nossos jardins.

Hoje plantar-se-á e brotará!
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m | 6:20 AM |

24.2.06



loving some way you choose i'll dwell for years and years give you muscle tone and tears you in me and i am a beast for thee. you'll be in glory, bored and i will be a beast for thee happily a beast for thee quietly a beast for thee endlessly a beast for thee

m | 7:00 PM |

23.2.06

ficções
ou no que se acredita
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olhou as suas mãos de um lado depois do outro para confirmar que não eram duas faces de uma mesma coisa: não se lhes podia distinguir esse eixo.
não tinham as subtilezas que normalmente se atribui às mãos.
percebeu-as, enquanto as olhava animalmente pesadas e densas, incapazes de tocar as superficies; incapazes de cheirar a terra sem a comer; incapazes da dissolução
mil vezes recusara fazer as malas partindo, em vez, sem nada.
agora chegava de não saber, de abanar definitivamente as asas alto no céu da boca. olhou de novo as suas mãos, para confirmar as linhas que nelas se desenhavam.
levou as malas dessa vez.

carolina | 1:23 PM |

Je crois entendre encore


que as camas por onde vou dormindo
jamais poderão interessar-se pelo teu sono,
que isso me dói,




enquanto isso tornar a cultivar as noites, hortas, extensões e extensões de quilómetros de sulcos cultivados.
tão só sentar-me e deixar que ela venha. eu sei, ela virá lavrar-me os sulcos necessários ao sono. e eu quero lá saber do sono. eu, estafada de te esconder. nós, que perdemos a paz e o sono. Nuje ca perdimmo 'a pace e 'o suonno.
penso aguentar as manhãs, quando elas vierem. elas que venham. penso muito pouco mesmo para além do discorrer morno dessa ópera em repeat no gira-discos. doce.
não pensar. não escrever. não voltar. não.
acima de tudo nada ou qualquer coisa que não me lembre a cama à qual recusei o meu corpo - a mim hoje não me vês os ossos, puta!

não o vou dizer, dizem-no já por mim, mas ainda assim não vou dizer nem que me mates:
as camas por onde vou dormindo
jamais poderão interessar-se pelo teu sono.

m | 6:02 AM |

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dança cowboy, que eu vou de braço esticado fazer entrar quatro comboios no teu externo.

um

dois

três

quatro.

m | 4:00 AM |

[um pouco de agilidade, meus paralíticos!]


tttt


m | 3:48 AM |

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o meu coração é um trenó de gelo. as andorinhas azuis, quando a primavera chegar, vão beber o meu coração.
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m | 1:44 AM |

22.2.06

carolina | 9:07 AM |

20.2.06

das estratégias da sedução
ou no que se acredita

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engolias o charme que se debatia pelo seu antigo lugar em ti. irreprimível em ti
curvavas as costas como se o cozinhasses dentro da barriga, como se assim não te vissem.
não pousavas os olhos. não sei se vias, até, quando mudavas o corpo inquieto de sítio, no teu andar animal para que não te reconhecessem como uma pessoa. passeavas essa coisa que tão facilmente se poderia confundir com tristeza nos bicos dos pés, balançando os calcanhares (o que em nada te ajudava ao processo de desaparecimento que acreditava teres empenhado) só porque não sabias andar de outra maneira. o mesmo andar que me chamou para ti e para a tua enorme desolação traduzida nessa dança de membros abandonados.
- supunha-se um eterno cansaço em ti -
e eu,
eu ardia enquanto via, pelo canto do olho, passar as tuas pernas ( e arrisco que aqui a curiosidade te devolvia a idêntidade) pela mesa onde tinha a cabeça enfiada sobre o papel em que rabiscava estas mesmas palavras
ardia ao dar-me conta de que sabias que tomara o teu silêncio nas mãos, e que me ias deixando fazê-lo.

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18.2.06

cuidandote que es selvage el corazón y ya se va dejando ocupar

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creio que sabes como tudo se passou.
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éramos os nossos passos e a nossa pele,
....................que é muito diferente de sermos as nossas mãos e os nossos pés
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fomos os dias que nem sequer eram nossos,
- nunca lhes tocámos -
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fomos essa espécie de ilha
em que nos fizemos
assim

e de onde às vezes voltamos

17.2.06

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shandys
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.............................................. Para além de se exigir um elevado grau de loucura, ficaram determinados os outros dois requisitos indispensáveis para pertencer: que a obra não fosse pesada e coubesse facilmente numa maleta e que a outra condição indispensavel fosse a de funcionar como uma máquina solteira.
Embora não indispensáveis recomendava-se tambem possuir certos traços: espírito inovador, sexualidade extrema, ausência de grandes propósitos, nomadismo infatigável, tensa convivencia com a figura do duplo, simpatia pela negritude, o culto da arte da insolência
há na insolência uma rapidez de acção, uma orgulhosa espontaneidade que quebra os velhos mecanismos triunfantes pela sua prontidão sobre um inimigo poderoso mas lento. Desde o primeiro momento, viram que nada era tao desejável como o facto de que a conjura portatil se transformasse na exaltação espetacular daquilo que surge e desaparece com a arrogante velocidade do relâmpago da insolência.
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História Abreviada da Literatura Portátil, Enrique Villa-Matas
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16.2.06

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Enquanto isso e de repente, torno a ver sem controlar aquela frase desesperadamente contida, escrita a branco, em letras capitais como pecados, no muro do túnel que sai do aeroporto.
Escrita numa lingua diferente - mas demasiado próxima para o exercício da distância - no muro do túnel que sai do aeroporto:
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AHORA NO SÉ SI EXISTISTE O SI FUISTE SOLO UN SUEÑO QUE TUVE YO
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Há ainda mais qualquer coisa escrita que nunca cheguei a ler devido à velocidade que o carro atinge no túnel e à estúpida hipnoticidade da frase, que me atira, de cada vez que me choco com ela, para um sítio longe que não consigo nunca identificar. desertos onde não há ninguém e onde todos são a mulher a quem a frase do muro do túnel do aeroporto é destinada. A mulher que não olha para ninguém porque se sabe só. Sabe-se só mas está longe de imaginar que o seu amor a remeteu quase imediatamente a uma dolorosa matéria onírica, muito provavelmente só para não a ver partir. Em propriedades físicas, cortantes.
Desertos. Saio de transe - é o carro que sai do túnel e agora aquela frase é só a fugaz memória visual de uma mancha branca que passou. Para dizer a verdade, não tenho a certeza de que exista, de que não a tenha inventado eu.
Merda: o cabrão que a escreveu soube-o sempre. Maldita cocaína ficção, que mataste o meu amor.

15.2.06

4.
talvez estejamos ainda em queda
com os braços em chamas.
o peso da luz
no corpo cadente.
e a liberdade do ar seja semelhante à da água
permitindo por instantes libertarmo-nos da gravidade
das vidas e das matérias mais densas.
com a linha da superfície como um limite
.


(qual dos dois o afundou?)


(...) e talvez as filosofias sejam os instrumentos da mecânica alada
que nos faltam
e nos pesam
nos ombros descrentes

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Tiago Araújo

carolina | 11:53 PM |

T

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A gente encontrou-se uma vez em casa de amigos comuns: eu por acaso, ele pelo conforto de se sentar.
Não o olhei em toda a noite, o homem a quem bebia as palavras.
À saída, no elevador, um amigo levado talvez pelo amparo do confinamento desconfortável do espaço, confessou-lhe o meu amor inocente e arrebatado pelos seus poemas. Sorriu, e enquanto segurava a porta de rua para que eu passasse, disse sem rodeios uma única frase. Como uma ordem doce.
Agora, de cada vez que nos encontramos, somos dois tímidos.
Eu tímida, porque ele não se lembra. Ele tímido, por não se lembrar [que me um dia me apontou uma rua que começa]

Ele, que mais tarde escreveu da direcção:
"se alguém nos quisesse realmente conhecer, deveria procurar saber para onde, secretamente, vivemos voltados."

m | 5:00 PM |


felizes manhãs que chegam para lembrar que
- como os primeiros mapas africanos -
somos uns solitários, com grandes espaços virgens no coração

carolina | 10:10 AM |

14.2.06

after a certain time every artist performer entertainer becames his own injury

m | 12:28 PM |









m | 1:44 AM |

13.2.06


ainda perguntas porque é que este é o tempo dos assassinos?
ficamos com o que faltou
.
ficámos com o que não houve, os fabulosos remates à trave, as fintas geniais, as fotografias que recusámos, que não quisemos, que nunca quereriamos guardar, os autógrafos que não nos demos pelas idêntidades que não fomos com os nossos corpos, com os nossos vagos olhares apenas sugestionados
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- Não receies nada. Já pensei no plano das nossas relações para os anos que se vão seguir; não rias... será talvez ainda melhor quando deixarmos de ser amantes e começarmos.... o quê? Não sei, quando pensarmos um no outro numa posição neutra; como amantes, quero dizer, que foram obrigados a separar-se; que talvez nunca devessem ter sido amantes; escrever-te-ei com frequência.
- Peço-te que te cales - disse sentindo o desepero invadi-lo
Sob a aparente leviandade de Leila ele reconhecia algo de forte e duradouro - as próprias caracteristicas de uma experiência que lhe faltava. leila era uma criatura valorosa e só os bravos sabem conservar-se alegres na adversidade. Mas na noite que precedeu a partida não veio visitá-lo ao quarto, quebrando a sua promessa. Era bastante mulher para desejar aguçar as dores da separação a fim de tornar mais prolongado o seu efeito. E a expressão de Mountolive na manhã seguinte, ao pequeno-almoço, encheu-a da mais pura alegria; ele sofria evidentemente.
Acompanhou-o a cavalo até ao embarcadouro. Com efeito nada mais havia a dizer entre os dois. E ela desejava acima de tudo evitar repetições que acabam por degradar o amor. Desejava que o rapaz conservasse dela uma imagem clara: porque Leila via nessa separação uma amostra, por assim dizer, de uma separação mais definitiva e final, uma separação, se estavam destinados a só manter o contacto através de cartas, podia fazer-lhe perder Mountolive. Não se pode escrever mais de uma dúzia de cartas de amor sem a necessidade de novos temas. A mais rica das experiências humanas é também a mais limitada nos seus meios de expressão. As palavras matam o amor como matam tudo o mais. Ela já tinha decidido colocar as suas relações num outro plano, mais rico; mas Mountolive era ainda demasiado jovem para aproveitar o que lhe podia oferecer: os tesouros da sua imaginação. Devia deixar que o tempo o amadurecesse. Ela sentia que o amava, embora se resignasse a não tornar a vê-lo. O seu amor tinha já aceitado e dominado o afastamento do seu objecto - a sua própria morte! Este pensamento, que se apresentava no seu espítito com tão grande acuidade, dava-lhe sobre ele uma prodigiosa vantagem, porque enquanto ele se debatia ainda no mar agitado das emoções e dos desejos, dos amores próprios e de todos os ilogismos e de todas as angústias de um amor mordente, ela já colhia forças e confiança na natureza irremediavelmente desesperada do seu caso. O orgulho da sua inteligência emprestava-lhe novas e insuspeitadas forças. E embora parte do seu espírito se sentisse feliz por vê-lo sofrer e se preparasse para a ideia de não voltar a encontrá-lo, sabia entretanto que já o tinha possuído e, paradoxalmente, despedir-se dele era fácil.
Separaram-se no embarcadouro; (...) Nessim passou um dos braços em torno dos ombros de Leila enquanto acenava com o braço livre, sabendo perfeitamente o que ela sentia, embora fosse incapaz de encontrar palavras para sentimentos tão equívocos e sinceros.
A barca desatracou. Estava tudo acabado.
(...)
Só conseguira ver leila uma meia dúzia de vezes em Alexandria - e esses encontros tinham sido mais dolorosos que excitantes devido a serem obrigados a guardar cada vez maior descrição.
(...)
Para Leila as coisas eram diferentes; estava já tão voltada para a recriação da sua personalidade no novo papel que tinha escolhido e que ensaiava diariamente, na intimidade do seu espírito, que com grande surpresa sua verificou esperar com impaciência que a separação fosse definitiva, que os laços de outrora se quebrassem totalmente. Era como um actor incerto do desempenho do seu novo papel, mas que anseia pelo momento de entrar em palco. Ela esperava o que mais temia: poder finalmente pronunciar a palavra "adeus".
.
Mountolive, Lawrence Durrell
.
..
Está por todo o lado documentado o nosso crime, sem nome,
escondidos atrás dos nossos rostos sem vestígios, cadastros limpos,
olhos ofensivamente enxutos.
E tu ainda perguntas

carolina | 10:11 PM |

12.2.06

para c.
apesar de c.





Sugimoto

o Pacífico e o Adriático.

isto é,

o mar não acaba

m | 1:45 PM |

10.2.06

carolina | 12:38 AM |

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dedicado a quem tão deliciosamente divide a vida em fases ilustradas por diários

um volume de Gitanes encetado esquecido na gaveta das fotografias por arquivar
um armário de palhinha, último grito da moda do ano em que nascera.
fumava os primeiros cigarros comodamente na sala comum da casa dos pais.
não era segredo, não era escondido, eram Gitanes.
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depois apaixonou-se. era a segunda vez


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carolina | 12:24 AM |

9.2.06



lembras-te da côr daquele mar novo mana?
fundo até onde a respiração aguentou.
escuro até onde podemos não-suspeitar

carolina | 1:00 AM |

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é tudo verdade
embrulhado de palavras
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como se os presentes pudessem não ser bons
como se se pudesse embrulhar outra coisa que não um presente

meu amor

carolina | 12:48 AM |

8.2.06



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a sua necessidade de consolação era impossível de satisfazer
.....Desolação

carolina | 10:23 PM |

Autoretrato



Fotografei você na minha Rolleiflex, revelou-se sua enorme ingratidão

m | 8:40 PM |



Rubens The Fall of the Damned + David Freebergs Iconoclasts And Their Motives

m | 5:29 PM |

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I was born when she kissed me
I died when she left me
I lived for a few weeks
while she loved me



Dix Steele, in a lonely place
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carolina | 10:22 AM |

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estou aqui tão longa como se fosse verão e tu trouxesses a camisa aberta, branca, por
cima do peito moreno. Raios partam a tua camisa, a querer ser antes de ti. Que te
adivinhava com precisa exactidão a direcção do movimento que ias fazer, e se movia um
milésimo, um milésimo mesmo de segundo antes que o fizesses realmente, e que, depois que parávas, alongava-se um instante, apenas um instante a mais do que tu, parecendo ter vida própria e conferindo-te a ti uma espécie de mistério cadencial, um balanço que parecia perpétuo. Como parece perpétuo o verão, quando embriagados nele.

m | 4:34 AM |

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.
estou aqui tão longa como se fosse verão e tu trouxesses a camisa aberta, branca, por
cima do peito moreno. Raios partam a tua camisa, a querer ser antes de ti. Que te
adivinhava com precisa exactidão a direcção do movimento que ias fazer, e se movia um
milésimo, um milésimo mesmo de segundo antes que o fizesses realmente, e que, depois que parávas, alongava-se um instante, apenas um instante a mais do que tu, parecendo ter vida própria e conferindo-te a ti uma espécie de mistério cadencial, um balanço que parecia perpétuo. Como parece perpétuo o verão, quando embriagados nele.

m | 4:33 AM |

7.2.06

she simply didn't knew how to deal with it, and therefore didn't
Morvern Callar, Lynne Ramsay

carolina | 4:52 PM |

6.2.06

CANTO ÚLTIMO

[ou como se morre de amor]
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E t´lospedèl i n è arrivat a fè una stmèna.
I stéva stughléd sa du litìn
chú i dividéva apéna una scarana
senza guardès in faza,
però i s tneva par mèna.


Tonino Guerra

m | 3:59 PM |

CANTÈDA ÉULTMA

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Os dois irmãos jazem agora debaixo do carvalho
junto da cruz torta da condessa
que tinha quarenta quintas e um carrinho
com rodas de borracha.
Da Páscoa ao Natal os dois irmãos fechavam-se completamente
e nem um dedo mostravam à janela.
Depois soube-se que um dos dois
mantinha o outro numa arrecadação a pão e água
balbuciando-lhe insultos.
Quando a religiosa enfermeira
arrombou a porta
pareciam dois sacos de imundície.
No hospital não resistiram uma semana.
Estavam deitados em duas pequenas camas,
divididas apenas por uma cadeira,
de costas voltados um para o outro,
mas as suas mãos permaneciam dadas.


Tonino Guerra

m | 3:42 PM |

5.2.06

my baby shot me down

Helmut Newton

i shot you down bang bang
you hit the ground
bang bang

m | 6:23 PM |

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Supposons qu'un oiseau-mouche vienne souvent dans votre jardin.
Mon travail est une tentative répétée de séduire quelqu'un: "Oh! Tu es si beau, je voudrais t'attraper"


Louise Bourgeois

m | 6:04 PM |

4.2.06

should i leave Erebus
to his own device?

m | 10:45 AM |

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mil kg
e uma canção de amor

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carolina | 2:50 AM |

2.2.06

Voici le temps des assassins

Royauté
«
« Nós vivemos - escreve algures P - vidas baseadas sobre uma selecção de ficções. A nossa perspectiva da realidade é condicionada pela nossa posição no espaço e no tempo, e não pela nossa personalidade como geralmente se crê. Assim, cada interpretação da realidade se baseia sobre uma posição única. Dois passos para leste ou para oeste e o quadro muda inteiramente.»
Un beau matin, chez un peuple fort doux, un homme et une femme superbes criaient sur la place publique. «Mes amis, je veux qu'elle soit reine!» « Je veux être reine!» Elle riait et tremblait. Il parlait aux amis de révélation, d'épreuve terminée.
Ou qualquer coisa parecida...
Quanto aos personagens, reais ou inventados, são animais que não existem. Cada psique é na realidade um formigueiro de predisposições contraditórias. A personalidade como algo dotado de atributos físicos é uma ilusão - mas uma ilusão necesséria se queremos amar!
Ils se pâmaient l'un contre l'autre.
En effet ils furent rois toute une matinée où les tentures carminées se relevèrent sur les maisons, et toute l'après-midi, où ils s'avancèrent du côté des jardins de palmes.
»
Baltasar, Lawrence Durrell
Illuminations, Rimbaud

carolina | 12:32 PM |

1.2.06

So much I gazed

So much I gazed on beauty,
that my vision is replete with it.

Contours of the body. Red lips. Voluptuous limbs.
Hair as if taken from greek statues;
always beautiful, even when uncombed,
and it falls, slightly, over white foreheads.
Faces of love, as my poetry
wanted them.... in the nights of my youth,
in my nights, secretly, met....

Constantine P. Cavafy (1917)

carolina | 9:18 PM |


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