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20.2.06
das estratégias da sedução
ou no que se acredita
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engolias o charme que se debatia pelo seu antigo lugar em ti. irreprimível em ti
curvavas as costas como se o cozinhasses dentro da barriga, como se assim não te vissem.
não pousavas os olhos. não sei se vias, até, quando mudavas o corpo inquieto de sítio, no teu andar animal para que não te reconhecessem como uma pessoa. passeavas essa coisa que tão facilmente se poderia confundir com tristeza nos bicos dos pés, balançando os calcanhares (o que em nada te ajudava ao processo de desaparecimento que acreditava teres empenhado) só porque não sabias andar de outra maneira. o mesmo andar que me chamou para ti e para a tua enorme desolação traduzida nessa dança de membros abandonados.
- supunha-se um eterno cansaço em ti -
e eu,
eu ardia enquanto via, pelo canto do olho, passar as tuas pernas ( e arrisco que aqui a curiosidade te devolvia a idêntidade) pela mesa onde tinha a cabeça enfiada sobre o papel em que rabiscava estas mesmas palavras
ardia ao dar-me conta de que sabias que tomara o teu silêncio nas mãos, e que me ias deixando fazê-lo.
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