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14.6.07
laranjas pela manhã, podres poderes
O bicho em si não me faz espécie nenhuma. De frente, a gente engole-o nas tequilhas, pega-o à cara nas arenas.
o nojo do verme ser verme é precisamente a surpresa decrépita. Não te invoquei, ó ser vil, para a pequena, mas tão sólida, glória do meu banquete de laranjas pela manhã.
Não chamei a podridão a inaugurar o meu dia, mas de facto lá está ela, bandeira quase infecta de um reino secreto, que parece ter incubado toda a miserável vida à espera desse momento, em que irrompe à superfície, explode viscosa na minha cara e ri, ri alarvemente a minha minhoca nojenta.
Graças aos céus que há o nojo a purificar-nos a comezinha e burguesa glória. Que faríamos nós de nossa vida tão pura?
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