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11.6.07
Do Manuscrito C de Santa Teresa
Imagino que nasci num país coberto por espesso nevoeiro
E que nunca contemplei o risonho aspecto da natureza inundada
É verdade que desde a minha infância oiço falar
E sei que para lá dele, na minha pátria, há outro
E que é por esse que aspiro cada dia.
Não é uma história inventada por um habitante que não volta para a lavra
Por um homem triste que pára na velhice ou em frente do arado
É por uma realidade brilhante como um rei em combate
Um herói a coroar-se das trevas que venceu
Se é é preciso que eu coma sozinho o nevoeiro da provação
Ainda que me doa a humidade do reino luminoso
Comerei a obediênca - há por certo
Uma região mais íntima na circulação das minhas veias
Uma outra terra que pensa a minha morada
Um perfume, uma maravilha, um repouso
Para a cabeça dos que lutam com bravura
Eu, porém, não disperso a energia. Reúno-a
Para o amor
Viro costas ao duelo como medalha no peito do esposo
E respiro até à última gota do sangue. Minha madre
Eu corro
Daniel Faria
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