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18.10.06
O marinheiro bonito, sereia do mar levou
Ulisses era filho do patrão do Restaurante. Ulisses nunca precisou de se fazer à faina, teve até direito ao Ensino, mas gostava muito de barcos, o rapaz. E gostava do mar e por aí afora. Por isso nunca o mancebo se ajeitou em terra, e logo cedo trocou os sapatinhos de corrida pelas galochas e o cheiro. A pechum. E a maresia.
Deixava noites a fio, pobre, a Jandira, a dita cuja. Noites e noites e noites a fio. A Sua Miúda. E se era bonita, a desditosa? Era, era. Revestida de mantos de espera e de ignorância. Falava-lhe palavras apetrechadas de asas, a rapariga. Dizia sempre, ai meu Ulisses tem vocação de mar.
Um dia, apesar da brutidão natural de quem espera, deixou-se de doçuras. Tão só se levantou da habituada prostração e declarou:
Ulisses fez seu leito de noivo no colo de Yemanjá.
Ulisses tinha saído com Petrus para o mar, outra vez. E a boa da Jandira cansou de tanto marinheiro junto.
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