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26.4.06

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foram os dias que abandonámos a si que nos devolveram o som do mar. O conhecimento que tinhamos na língua e que falava por cada poro da nossa pele estrangulada e seca. Os dias em que não percebiamos a graça do sol que nos parecia demasiado luminoso, que nao percebiamos o brilho das coisas, o brilho que viamos mas que não podiamos alcançar. os dias de descrença que só a pele pôde gozar. onde teremos deixado o coração nesses dias? que orgão faria pulsar o nosso sangue espesso, que inteligência física ordenaria o sentido circular do nosso corpo? que químicos combateriam a esquizofrenia deste sangue universal que tínhamos e temos? podia ter sido só um tempo sem nome que acreditámos e as noites podem ter sido só perdidas dentro dos sonos e dos dias e das coisas que eram só memória genética afinal. até as resoluções tiveram alguma coisa de intemporal, como se existissem indiscriminadamente e sem bases no que somos, encontradas nos corpos (os nossos) à superfície que eles próprios inventaram- como dizes- e onde ficaram presos. fundando a matemática do "plano" como quem funda uma cidade. um plano milimetricamente insinuado, continuo e esticado com precisão entre os elementos visiveis e existentes.
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carolina | 10:15 AM |

25.4.06

Delirius Tremens

[ou como são enfadonhas todas a listas de músicas, top mais]
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coração materno, lindonéia. coração vitória, vitória tem minha paixão sai ele gritando pela rua, coração materno. linda calculada hemorragia. e eu aí, tava jogando sinuca maluca a maior maior transição da história da música moderna. terna. é eu continuo aqui olhando toda essa solidão. eu olho, tanta gente só tanta gente só tanta gente só tanta gente só e eu só. aqui me olhando, só me olhando.

m | 6:36 AM |

24.4.06

o princípio do medo



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Toba wonderful Khedoori


você está aqui.

m | 3:43 AM |

21.4.06

a estrada pra nenhuma dor

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O meu nome apagado nas paredes dessa cidade velha e o teu gravado ainda na parte interna deste pulso.
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(ainda hoje vou para casa)

m | 5:25 PM |

20.4.06

Para a Sofia

no dia dos anos dele.



Dues monges i un socorrista conviden una sirena
Joan Miró

m | 5:32 AM |

18.4.06

febre rima com faible. seja como for, aí vem a noite pousar-me na garganta como uma faca oxidada.

m | 5:11 AM |

16.4.06

m | 4:27 AM |

14.4.06


c o m o . s e . t i v e s s e s . i d o . s e m p r e . s ó

m | 5:47 AM |

13.4.06

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há qualquer coisa muito errada
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carolina | 9:29 AM |

12.4.06

il viaggio I

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São precisas viagens. Moções interiores, deslocações rídiculas, distâncias ínfimas. Por vezes do ombro à palma da mão são desertos, mas isso tu já sabias. Digo que são precisas como diz o outro do rigor da navegação. Navegar é preciso, viver não é preciso.
Vê se me perdoas a obcessiva conjugação do verbo ir. Eu não sou daqui, eu não tenho amor, eu sou da bahia, de são salvador. Ó marinheiro, marinheiro, ai quem te ensinou a nadar, marinheiro só.
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m | 4:14 PM |

11.4.06

matéria onírica III

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Aquilo era tudo abandonado, aquilo como uma doença nova e ainda mais silenciosa colhia corpos sem ritmo. Galgava as vidas como podia, levou todos os corpos, levou até o meu. Era território estranho, alright.
De uma estreita e branca e absurda igreja metodista fiz o meu quarto. Quarto de horrores que só a febre traz. A febre e a maldita sorte de nos lembrarmos dos sonhos que tivemos - O tremendo dom de admitir os terríveis crimes que encerramos sem saber. Homicídios que poderiam permanecer sempre apenas latentes. Homicídios que às vezes, afloram à tona das pupilas e reconhecemos o medo num par de olhos que passa. Talvez os nossos.
Absurdo quarto, absurda adivinhação, como a vocação que têm os pombos - abutres de agora - para antecipar a morte.
Absurda igreja metodista abandonada, o meu leito de pedra.
Absurdas paredes brancas, forradas a branco papel de parede velho, branco.
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Lá fora e quando saía (para cravar as minhas unhas no peito de um Incapaz da Cura Com Filhos), saía debaixo de um sol indiferente.
Por ali, entre as casas, piscinas vazias que me doiam - Nada é tão vazio como uma piscina vazia.
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m | 4:30 AM |

9.4.06

Rumba maior

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Vuelvo al sur
como siempre se vuelve al mar,
vuelvo a vos.

m | 4:46 AM |

8.4.06

Fado menor

...................Escrevi teu nome no vento,
...................convencida que o escrevia
...................na folha do esquecimento
...................que no vento se perdia.

...................Ao vê-lo seguir envolto
...................na poeira do caminho,
...................julguei meu coração solto
...................dos elos do teu carinho.

...................Em vez de ir longe levá-lo,
...................longe onde o tempo o disfarça
...................anda contente a gritá-lo
...................por onde passa e a quem passa.

...................Pobre de mim não pensava
...................que tal e qual como eu,
...................o vento se apaixonava
...................por esse nome que é teu.

...................Mas quando o vento se agita,
...................agita-se o meu tormento,
...................quero esquecer-te, acredita,

...................mas cada vez há mais vento.

m | 9:13 PM |

Ainda


JSarmento

F E B R E

m | 6:18 AM |



E se vou é porque troquei o meu sono por duas palmas, um par de damas, fullen, o teu corpo. É um preço alto a pagar para quem entra pelas noites a cortar, de olhos imensamente cheios de piscinas vazias. Mas e daí tudo deve ser demasiado caro a quem vai só de mãos em frente. A quem corre desenfreado de olhos tapados e braços esticados - palmas chamando a queda. Ou o chão, antes fosse o chão. É isto a estupidez da coragem física. De querer ir-se assim, toda em corpo. Toda velocidade em corpo.
Eu que afinal sempre soube que não tinha um, vou de palmas estendidas.
Nós que sabemos que não é preciso muito mais do que isto para formular um nome.
Chamo-te, isto é, a minha mão na tua mão sobre o meu externo é isto mesmo: a minha mão na tua mão sobre o meu externo.


m | 5:00 AM |

7.4.06

carolina | 10:55 AM |

6.4.06

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............................. Como já vinha sendo habito, trazia-lhe a reflexão que lhe acontecia sempre depois dele nela. eram sempre coisas muito reveladoras, uma espécie de lucidez que a assustava e redimia:

«- “Ler demais embrutece” » normalmente citava os seus antigos amantes, quando as suas palavras tinham chegado a impregnar-se-lhe no corpo e se tinham tornado suas biológicamente. sabia que era feita de quem se lhe atravessou, e que tudo o que se preparava para dizer era consequência do que já lhe fora dito, do que já fora antes de ser esta. e continuava enquanto acendia o cigarro: « - Sabes, acredito ter sido nos livros que aprendi a conceber esta hipótese que agora não consigo declinar como não sendo minha: estar apaixonada por um homem que não está apaixonado por mim e meter-me no seu colo sem estar a submeter-me a nada. Poder dormir com ele sem ser beijada. E assobiar o dia seguinte alegre, sem o menor sentido de injustiça. »
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«- só vejo uma solução pra isso ! não há mais ! não pode continuar! Não pode» - repetia ele o desejo a arder-lhe debaixo da língua os olhos apenas baixos para poder ver as pernas que a tinham encostada à janela

Deveria estar profundamente infeliz. porque o homem que amava não a queria e estava ali a dizê-lo com todas a letras. que já nem o seu corpo queria! e ela estava feliz também, ainda, ou esta situação também lhe servia. saberia fazer dela o melhor que ela pudesse ser assim, ou como quer que fosse
despedia-se. abraçaram-se ainda nus. combinaram ir beber imperiais ao sol e falar dos seus amores vindouros. sabia que esta despedida implicava um mútuo consentimento, implicava nao estar ferida, nada ter perdido. Só queria poder enfurecer-se, chorar, bater com a porta mas a frase ecoava na sua cabeça como que a explica-la antes de si
"e depede-te de Alexandria que te abandona, e despede-te de Alexandria que te abandona"
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carolina | 4:42 PM |

5.4.06

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fazias-me mais bonita. que espécie de magia haveria em tuas mãos
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carolina | 7:37 PM |

4.4.06

milagre às 3 horas da Maria*


Lourdes Castro

*nasce hoje outra rainha, maria.

m | 4:18 PM |

2.4.06

AMDG

SOBRE ESTA PEDRA

m | 4:19 PM |


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