principalmente





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31.3.06

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um vestido escandalosamente encarnado, andava em flôr e afligia a brutalidade do seu corpo ........... tão leve
AMAVA UM HOMEM QUE NÃO A AMAVA
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carolina | 7:55 PM |

30.3.06

m | 5:53 PM |

28.3.06

febre


assobio em cantiga, com a cabeça no colo de Diónisos. Quem me pariu não deve estar muito contente.

m | 9:12 PM |






tenho-te como se tem à urgência de um telegrama. demasiado escassa para o caos da poesia.

ainda assim:



V E M STOP T E C H A M O STOP V E M STOP E T C.

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m | 8:03 PM |

25.3.06

Explicação do querer

eu queria querer amar-te o amor, eu queria querer amar-te o amor, eu queria querer amar-te o amor
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O quereres e o estares sempre a fim do que em mim é de mim tão desigual faz-me querer-te bem, querer-te mal. Bem a ti, mal ao quereres assim, infinitivamente pessoal. E eu querendo querer-te sem ter fim e, querendo-te, aprender o total do querer que há e do que não há em mim.
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Caetano
quem mais? que outra bruta flor do querer?

m | 5:34 AM |

(nem vem que não tem)

não vem de garfo que hoje é dia de sopa

m | 5:18 AM |

24.3.06

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como podia dizer-lhes que não era frio, que era pudor? teria de explicar tudo o que ainda não sei, que tem de haver uma relação entre o frio e o pudor mas que não sei qual é. teria de dar-lhes ali mesmo a mulher nua hirta denunciada que sou - e que pudessem perceber a minha pele enrijecida arrepiada - e ao mesmo tempo ficar de pé em cima mesa dentro do meu olhar mais lúcido dentro do meu cachecol dentro do meu casaco ..... enquanto durasse o sol.
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carolina | 6:50 PM |

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eu te quero e não queres como sou
não te quero e não queres como és
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carolina | 6:31 PM |

23.3.06

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pouca gente viu, mas hoje o mar invadiu o rio acima,
e se não o fez completamente tentou com muita força
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era do cabelo, eu sabia isso, - e das costas arqueadas, ou antes da maneira como resulta o alinhamento da cabeça com o pescoço e as costas- mas lembrava-me sempre de ti como alguem que tem a nuca achatada. porque tinhas o cabelo demasiado comprido. dizias sempre que tinhas o cabelo demasiado comprido quase tantas como as que dizias que tinhas de arrumar a casa que ias arruma-la a seguir. lembro-me de ouvir qualquer coisa sobre a personalidade comum a todos os que têm a nuca como eu via a tua mas não me lembro o que era.
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éramos sempre perpendiculares ao sentido da maré
aquele lugar estratégico onde nos reconheciamos
atravessados
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carolina | 10:57 PM |

Asa branca*

Quando oiei a terra ardendo
Quá foguera de São João
Eu preguntei(ei) a Deus do céu, ai
Pru que tamanha judiação?

Qui brazero, qui fornaia
Nem um pé de prantação
Por farta d'água perdi meu gado
Morreu de sede meu alazão

Inté mesmo asa branca
Bateu asa do sertão
Entonce eu disse adeus Rosinha
Guarda contigo meu coração

Hoje longe muitas léguas
Numa triste solidão
Espero a chuva cair de novo
Prá mim vortá pró meu sertão

Quando o verde dos teus óios
Se espaiá na prantação
Eu te asseguro, num chore não, viu,
Que eu vortarei, viu, meu coração.



Luíz Gonzaga e Humberto Teixeira

* espécie de pomba brava que foge do sertão ao pressentir sinais de seca

m | 2:51 PM |

Felizes da fé

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... mas proteje-nos daquilo que não pudemos impedir e livra-nos de uma vida feita ao relento, exactamente como esta, amén.

m | 2:41 PM |

por um triz,

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do inverno apenas isto:
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escapámos com vida.
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m | 3:49 AM |

22.3.06

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a imagem de uma pernas a subir umas escadas. depois, e até ao fim, as mesmas pernas a subir as mesmas escadas maciças mas vistas por quem as sobe. os joelhos virados para fora para que as pudesse ver melhor enquanto subiam, sem parar, percorreu a ideia de que há muito não olhava as pernas. e que já não as reconhecia. que por pouco o seu corpo não deixara de pertencer-lhe. era como se as tivesse deixado em qualquer lugar longe dali durante todo o inverno, e contudo sabia tê-las sentido molhadas pela chuva nos tornozelos, sabia nos pés a dor que lhes provocavam as botas de cabedal, sabia tê-las enchido de cremes para quando viesse o verão, sabia ainda ofegante ter corrido para apanhar o comboio que a trouxera àquela casa, com aquelas escadas. não se deu ao luxo de estranhá-las, eram umas belas pernas! o andar de cima estava cheio de gente. ninguem percebeu.

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carolina | 8:27 AM |

21.3.06

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a imagem de um homem vestido de escuro, que olha um quadro imenso, rectangular, deitado, branco. a parede onde está inserido é branca tambem, um pouco mais clara que o quadro. olhamos o quadro de frente, à mesma distância do chão que do tecto, estamos no meio dele. temos as costas coladas na parede oposta da sala. não a vemos mas sabemos que é do mesmo branco luminoso, esta parede. o homem está entre nós e o quadro, mais para a nossa direita, talvez leia a placa com os créditos do segundo, não nos sabe ali. talvez nos confundamos com a parede, com a obra de arte, ou talvez sejamos de branco integral. só sabemos aquela imagem, deduzimos que o homem qualquer tenha atravessado a sala, o quadro, até ali onde se deteve, onde o detivemos .............. para a fotografia.
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carolina | 11:03 PM |

matéria onírica II

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o terror e a alegria dos homícidios conseguidos em silêncio.
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(...) Os traços da tua cara indicavam a direcção - afogavas-te em premonição no próprio sangue e eu soube-o. Imediatamente, sem respiração nem vontade nem nada que fosse cardíaco, imediatamente, toda eu só amor estiquei o braço. Quis a força que na ponta estivesse outra arma, que sem eu nunca chegar a saber, procurou com a ponta do cano o teu coração, e enquanto te olhava de frente, toda eu só amor fiz entrar dois tiros para acabar com a tua impossibilidade e dar-te vida: matei-te.

m | 4:12 AM |

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de minha
boca não
haverá
tradução
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da cultura dos mistérios exigem-te apenas a mão direita limpa, que não tenhas morto;
que saibas grego se és grego, que saibas a língua da tua mãe, se és filho.

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Gonçalo M. Tavares, Livro dos Ossos

carolina | 12:50 AM |

19.3.06

território

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e se tu ias
és se foste
e se nada pude
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Deixara as mãos
finalmente sobre o colo esquecido onde adormeciamos
quando podiamos sonhar
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(e depois disseste as mesmas palavras com a clareza que me fez bebê-las como se nunca antes te tivesse ouvido ser, como se nunca antes delas tivesse feito minha carne crente.)
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um só golpe certeiro e desiquilibrou-me os valores que acabava de restablecer
apesar dele.
com um só golpe certeiro- duas palavras abandonadas sobre mim-
me devolveu permeável a muralha
com a forma exacta do meu corpo
que vinha constuindo, o projecto que acabava de consolidar, de armas prontas com os olhos postos na sua derradeira eficácia.
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Desarmou-me o exército, que abandonou o campo de batalha,
devolvendo-me o espaço que desfigurara por delicadeza.
(e eu nem pude retaliar antes de morrer)
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nasci naquele dia em campo aberto
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da certeza dele na minha,
da cama que se voltou a fazer fora de horas, sim.

carolina | 11:38 AM |

pornografia

Leio no jornal que enquanto conduzia, um pai se virou para trás e matou o filho com dois tiros junto ao coração. Junto ao coração, um, dois.
Sete anos tinha o filho, cinquenta o pai, adiantava o jornal.

Mais tarde, ao ver a tua nuca julgo não suportar.

Antes de adormecer penso no filho, no pai, na tua nuca, na minha cama ao relento... De quanto será capaz o coração humano?

m | 5:26 AM |

18.3.06

presunção?

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Deixemos esse terreno estéril!
Ah como desejo voltar a encontrar essas cidades criadas pelas suas mulheres; Um Paris ou uma Roma, construídas para saciar os desejos femininos. Sempre que vejo o velho Nelson , coberto de fumaça, em Trafalgar Square, digo para mim próprio: a pobre Ema teve de ir a Nápoles para afirmar o seu direito a ser bonita, vaporosa e resplandescente na cama!
O meu lugar é entre aqueles que conciliaram com a sua obscenidade humana, oculta no manto de invisibilidade do poeta. Quero aprender a nada respeitar sem desprezar nada;
tortuoso é o caminho do iniciado!
-Estás embriagado - exclamou Liza
- Não; estou feliz! E a felicidade não se pode improvisar. É preciso emboscar-se uma pessoa para apanhá-la como se fosse uma codorniz ou uma rapariga de asas fatigadas. Entre a arte e o engenho existe um abismo permanente!
Mountolive, Durrell
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fiz do mundo meu cúmplice
e o mundo nem percebeu que me servia

carolina | 11:51 PM |





toda eu só
amor


m | 6:49 PM |

salvo alguns lugares onde era rainha
já não sabiamos que fazer de nossa meninice
foto:ERIC antoine

carolina | 2:43 PM |

crêsê

argumenta contra a torrente límpida, levanta os braços contra a chegada das manhãs, investe uma arma de fogo contra um peito. atira. atira outra vez. agora olha; recusa o antídoto de um veneno corrosivo que tomaste, impede que a maré suba com a lua, devolve uma herança de sono ao meio-dia. faz enfim, todas as barbaridades.
serás ainda para ser, ainda organismos falíveis. oh tão cardíacos.
(isto não é uma revolução- evolutivos que somos. estamos aqui, é certo. mas crescemos para a morte. mas crescemos para. mas crescemos.)
e por aí fora.

m | 6:03 AM |

16.3.06

Job 7

Não anda o homem sobre a terra como um soldado? Sobre os dias como um mercenário? E por se não seguir não recebe o homem como herança meses de desespero e noites de angústias?
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Mas tu soubeste sobre a terra. Oh como soubeste sobre os dias, todos, esculpir os outros, os que viriam.
E ninguém nunca me há-de chamar minha querida como tu o fazias.
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Minha querida.
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Boa vida, querido Jó

m | 3:59 AM |

15.3.06

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'Que a tua imagem me console na minha miséria'
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sofia clara | 12:26 PM |

14.3.06

i think of wednesdays with bright reds

Can you hear them? The helicopters? I'm in New York No need for words now We sit in silence You look me In the eye directly You met me I think it's Wednesday The evening The mess we're in and The city sun sets over me Night and day I dream of Making-love To you now baby Love-making On-screen Impossible dream And I have seen The sunrise Over the river The freeway Reminding Of this mess we're in and The city sun sets over me What were you wanting? I just want to say Don't ever change now baby And thank you I don't think we will meet again And you must leave now Before the sunrise Above skyscrapers The sin and This mess we're in and The city sun sets over me

This Mess We're In PJ Harvey

m | 7:40 PM |

12.3.06

não desculpo, não há nada para desculpar.

gastei a sola dos pés
trepando esquinas
dobrando espinhas
esfregando roupa alheia
fazendo dia e noite a minha cama
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tu não sabes que nem toda a gente sabe o que quer de amanhã,
tu não sabes que estamos nas coisas com toda a nossa inocência, curiosos, a vasculhar sentidos, a querer saber o que há,
e que depois daqui não sabemos mais nada: é um qualquer respeito intrínseco- e perigoso- que temos pelos tempos das coisas.
tu não sabes que se pode adormecer em qualquer lado, que as piscinas vazias são sítios onde se pode dormir há muito tempo
e que essa graça quer ainda dizer muito pouco, porque a comunhão é o mínimo que podemos exigir-nos.
tu não sabes que todo o amor é o mesmo. que só há um amor,
e que isso é o mesmo que não saber ainda o que se quer de amanhã. e por isso que não vamos a casa uns dos outros para dormirmos uns com os outros, ainda que isso eventualmente aconteça
tu não sabes que de nada serve afugentar o amor que têm por nós, que, sabendo ou não tudo isto, somos responsáveis por aqueles que se nos dedicam.
e que isso não quer dizer que lhes devamos o mesmo amor.
não sabes que nenhum amor se recusa, que recebemos todo o amor que nos querem dar, e que esperamos que recebam todo o amor que não sabemos como não dar
e que isso não quer dizer que nos devam o mesmo amor.
tu não sabes
que nem toda a gente sabe a direcção para onde ama,
que nem toda a gente escolhe onde adormece
Reconhecimento, Bénédicte Houart

carolina | 10:58 AM |

10.3.06

carolina | 9:10 PM |

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Hirto
como pilotis.
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E também a pele, polida,
a magreza, calça e camisa.
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Parece que vai nu, coroado
de flores miúdas e de mirto.
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Pátio leve, manhã clara.
O prédio como que se elevara
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para que o rapaz
passasse.
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DESASSOMBRO
EUCANAÃ FERRAZ

carolina | 8:34 PM |

8.3.06

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in vino veritas


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m | 8:26 PM |

.....

carolina | 1:30 AM |

7.3.06

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este texto foi encontrado dentro de um livro numa biblioteca pública
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I am at home, listening to Van Morrison singing When the leaves come falling down and I think I hear him say that life is a street in Paris soaked by the rain. I'm in my house in Barcelona. I like Paris and this book that will accompany me throughout my life. I will never loose it and it will never belong to anyone else, I'd prefer to destroy it than to leave it to someone. I listen to Van Morrison and I remember a friend whose ideal in life was to be in a bar at night, see the banana leaves sway, feel the wind and watch the lights of the trains disappear into the distance. My ideal would be like my friend's, except that the bar would be in a Paris street soaked by the rain and would be listening to Van Morrison singing those songs, which, as Handke says, contain the song of an old lady, a woman, a child and a man: the voice of a man.
Sometimes my sense of irony reaches Paris itself and then I find myself liking New York, I think of Duchamp. I think that my life has always been a mistake and that instead of living in Barcelona and being in love with Paris, I should always have lived in New York, in Duchamp's apartment, for example. With the company of this book, of course, which will always be mine. And there I should have listened to Van Morrison singing to a street in Paris soaked by the rain and seen the world move, felt the wind and seen the lights of the trains moving to eternity, day after day. I like eternity. And I like this book, which will always be mine.

anónimo, tinta sobre papel

carolina | 8:30 PM |

6.3.06


reste:
tento o meu último malabarismo, aquele em que os pinos se podem dar ao luxo de cair. a gravidade e a graça.

m | 6:37 PM |

post

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..................................ordeno os seguintes items por ordem de antiguïdade:

..................................um LP 16 Lovers Lane
..................................uma rosa
..................................uma bosta quente
..................................um buick
..................................uma pedra redonda e preta
..................................uma caveira de cão
..................................dois comboios (1+1) em colisão
..................................uma magnum 4.4
..................................o corpo de uma super8
..................................magnólias


..................................depois olho a minha organização. procuro não tirar nenhuma conclusão.

m | 4:43 PM |

5.3.06

matéria onírica I

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Um vídeo onde aparecias tu. São raríssimos, para não dizer impossíveis, estes bocadinhos de ti - a injustiça geracional de crescermos entre o super8 e o VHS.
Mas aqui estavas tu, talvez um bocadinho mais velha do que quando morreste, talvez a exacta imagem que vou tentando guardar de ti. Tocavas viola e cantavas
(eu sei que vou te amar)
Eu ignorava esse teu talento, para a guitarra digo. A franja, os óculos, a farda, a mão finíssima e comprida. A pose irrepreensível que só as bailarinas possuem devido a anos de sacrifício e que tu tinhas, um, porque tudo em ti era auréo; dois, à custa daqueles anos todos em aparelhos de esticar a coluna por causa da maldita escoliose que afinal não te maquilhou a angústia
muito menos
te matou.
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Aproximei-me do aparelho de televisão e como me doeu não reconhecer a tua voz. Ou melhor, reconheci: era a minha.
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5 dez

m | 4:34 AM |

4.3.06

Robert Capa 1935

carolina | 9:06 AM |

2.3.06

justificando-se
ou no que se acredita
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o Jacinto Lucas Pires dizia na 'conversa' pós Thom Pain/Lady Grey que se prestava a ver os sentimentos que não mudaram nas coisas do nosso dia-a-dia, de onde, julgando pelos seus textos (e os títulos!), podemos concluir que o senhor acredita no que diz. e eu acredito nele.



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no mundo das feições azuis
as coisas mais importantes dizia-as sempre quando já não estavas
depois era notificada
insistentemente.
cada
cada
palavra
palavra
que
que
te
te
dizia
dizia
algum ser todo-poderoso ma repetia insultando-me
e à minha cobardia azul
foto: Brassai

carolina | 8:58 PM |

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"mãe os pássaros migram", eu devia ter 16 anos quando disse adeus .
podias ter chorado, como não o fizeste achei que não tinhas percebido a poesia
e porque ias ficando. ias ficando apenas do lado de fora de uns limites imprecisos que suponho serem definidos pela nossa carga genética comum, os olhos a disfarçar com graça a direcção para onde vives secretamente voltada.
já não sei quem percebeu primeiro, provavelmente tu, o que eu queria dizer. que ficariamos para sempre assim, à distância mínima para a sedução, o mais perto que podiamos, apesar da palavra.
adeus era só a essa palavra, a mais eterna que encontrei, acho

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carolina | 12:03 PM |


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